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project | como hackear e “opensourcisar” uma laser chinesa

#notas importantes:

  • essa domumentação ainda é um trabalho em andamento;
  • isso não é um manual. não há nenhuma garantia de que a mesma solução vai funcionar na sua máquina. pense nessa documentação como uma referência que pode encurtar os seus caminhos ou uma leitura agradável (se vc for um nerd). faça o que quiser por sua conta e risco;
  • você vai perder a garantia de sua máquina se fizer o que eu fiz. se estiver cagando para esse fato (como eu), tudo bem;

    ###lasers fun facts

  • fontes de laser trabalham com voltagens bem altas, normalmente mais de 20.000V. se não se sente segur@ em mexer com isso, não mexa e não morra;

  • lasers podem te cegar;
  • lasers colocam fogo nas coisas e é assim que elas as cortam lindamente. deixar uma laser trabalhando sozinha é burrice e pode por fogo na sua casa e em você. nunca deixe uma máquina trabalhando desatendida.
  • have fun! :)

#introdução

quem já entrou num makerspace ou fab lab que possui uma cortadora a laser, certamente já se apaixonou por essa máquina. diferentemente das ‘hypadas’ impressoras 3D que demooooooooram para materializar o seu projeto, a laser é encantadoramente simples e rápida de usar. quase uma impressora comum, dessas que temos em casa.
por esses e por outros motivos é que ela é a máquina mais usada e amada pelos usuários desses espaços.

mas como num namoro meio enrolado, passado aquele encantamento inicial, você nota que tem algo estranho ali.
umas coisinhas fora do lugar, a falta de algum comando óbvio, uns caracteres chineses que você não tinha notado no software…
e surgem as primeiras dr’s.

no caso da maioria das lasers vendidas no brasil, como é o caso da nossa, isso se dá porque elas são chinesas. longe de mim ser xenófobo, mas nesse caso…com certeza os chineses sabem fazer melhor (estou teclando feliz em um macbook pro feito na china) mas compramos o que há de mais barato e mal feito na praça de shenzen.
as controladoras - o hardware que controla a máquina (rá) - são incrivelmente ruins e fechadas. não há maneira de mudar nada: você tem que trabalhar com um software que além de proprietário é horroroso, cheio de bugs, usar um hardlock (um pendrive metido a besta que fica espetado no seu computador para sempre) e, pasme, conectar a maldita máquina num pc rodando windows xp.

eu confesso que até tentamos dar uma chance à bostinha (esse é o apelido carinhoso de nossa laser, descaradamente inspirado pela le petite merde do fablabo) e compramos um pc velho, arrumamos uma cópia do xp original, pagamos um técnico para instalar o software velho na máquina, mas mesmo assim, ela estava nos deixando na mão…como temos melhor uso para o nosso dinheiro do que comprar uma trotec ou uma universal, não havia outra saída senão tentarmos a…

#lobotomia!

na real não é uma lobotomia, mas um transplante de cérebro mesmo. a idéia era tirar o controle das mãos da placa chinesa e colocarmos algo melhor e definitivamente open source no lugar. mas o quê?

antes de começar a procurar, fiz uma lista de demandas que deveriam ser atendidas pela nova controladora:

depois de alguma pesquisa, vi que as hipóteses mais plausíveis eram:

  1. laos laser
  2. lasersaur
  3. ramps
  4. smoothieboard

###laos (laser open source)

eu já conhecia esse projeto há uns anos e foi o primeiro que lembrei quando decidimos levar o transplante adiante. tocado por uns holandeses bacanas (@jrv e @pbrier), o projeto parece que ainda está vivo e é bem documentado. os pontos contrários para mim eram:

#####continua em breve… ___